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A Comunicação como Evolução
Por Carol Almirón, Coordenadora do curso Relacionamento das Mídias para o Futebol Feminino da CBF Academy
Falar de Comunicação e esporte feminino é relembrar passos importantes da minha carreira profissional. O primeiro Mundial da FIFA em que trabalhei foi um Sub-20 feminino, no Chile, em 2008. Hoje, depois de 13 anos daquela experiência, consigo olhar para trás com a certeza de que muita coisa mudou - e para melhor.
Apesar de um Mundial unir, em um mesmo lugar, a elite da categoria, naquela época ainda se trabalhava sob o olhar do que era feito no Futebol masculino. O meu trabalho como oficial de meios da FIFA, cuidando da infraestrutura das áreas de imprensa e do fluxo de informações durante a competição, teve início na sede de Temuco, ao sul de Santiago, e nos anos seguintes acompanhei, in loco, em diferentes funções (mas sempre no departamento de Comunicação da FIFA), os Mundiais Sub-20 e principal na Alemanha (2010 e 2011), no Canadá (2014 e 2015), além do Sub-20 na França e do Sub-17 no Uruguai (2018). Percebo a mudança na postura dos envolvidos, no profissionalismo requerido, no alcance de público e o desvio daquele olhar em direção a algo que foi se tornando cada vez maior: o orgulho de elevar o Futebol Feminino.
Ao ser chamada pela Valesca Araujo para ser Coordenadora do curso Relacionamento das Mídias para o Futebol Feminino da CBF Academy, logo pensei em convidar profissionais da Comunicação que entendessem a transferência de conhecimento como uma maneira de conduzir atletas e gestores. Pelos meandros do nosso trabalho como comunicadores, formadores de opinião e produtores de conteúdo, e também pelos complexos caminhos do reconhecimento público na indústria do Futebol feminino, esse tema é cada vez mais atrativo para os fãs (vide os números de audiência da Copa do Mundo da França 2019) e para as marcas. Seja na base, no esporte amador ou no profissional, a regra se encaixa: estude, conheça, experimente e perceba o seu ambiente para poder se destacar nele.
Sabemos que o ambiente dos grandes veículos de comunicação, das pautas e entrevistas, das redes sociais, das crises de imagem etc é um território minado (ou até mesmo motivo de aversão) para a maioria das atletas, e muitas vezes, também, para os gestores da modalidade. Com o objetivo de capacitar os alunos em temas como gestão de conteúdo, dinâmica de entrevistas, posicionamento de discurso e o atleta como mídia, o curso conta com atividades práticas e dicas para que o relacionamento com as mídias seja eficiente.
Para conduzir os alunos pela temática durante mais de um mês (de 2 de março a 6 de abril), contamos com professores experientes como Cintia Barlem, da coluna Dona do Campinho, para falar sobre a Importância do Conteúdo; Carol Knoploch e Carol Barcellos, sobre o trabalho dos Veículos de Comunicação; Tiago Maranhão, dedicado ao tópico Entrevistas (pauta, condução, mensagem e divulgação); Vinicius Carrilho, coordenador de conteúdo do Futebol Feminino, para o tema Mídias Sociais, juntamente com Samy Vaisman; entre outros.
Espero que ao final dessa caminhada possamos todos estar mais conscientes do nosso papel no Futebol Feminino, dentro e fora do campo, com o olhar atento para a percepção que deixamos por meio das mídias e ativos na construção de uma imagem que vai além da carreira esportiva.
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Foto: Staff Images